domingo, 26 de julho de 2009

Ele tinha sangue nos óculos quando saiu do elevador. Era marrom e por isso achei que fosse  barro ou alguma outra sujeira qualquer. Não, droga, é sangue mesmo... Seco. Tava trabalhando até agora. Empresta um pano, por favor! Será que ele sente prazer cortando as pessoas? Será que ele sente? Senta. Preciso escovar os dentes e colocar um casaco. A bolsa está morna, é melhor aquecer mais água pra inflar a borracha. Céus, nada parece aguentar a sutileza dos teus passos de elefante: Ela estourou. Tudo que é teu é assim, não é mesmo? Não se vaza, não se rasga, não se pinga: sexplode. A água quente acabou encharcando aquele tapete velho e diluindo a sujeira abrigada sob a poltrona. tu há de secar tudo em três minutos ensopando outras quatro toalhas – mas só após reconhecer que o problema não se resolveu por si. Tu sabe o quão detestável é isso, não sabe? Olha, olha. Olha só! Esse vapor condensado de água recém fervida dá vontade de respirar mais fundo... Posso ver o ar improvisando uma bela coreografia pras fossas. Ah, esqueça isso. Está tarde, vamos sair. Hoje, tu é minha convidada! Vamos. Estou faminto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Com gentileza, por favor.