sexta-feira, 30 de janeiro de 2009





em
sis
tem







alguém prevera:
vai explodir.
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o vemelho ou o azul o vermelho ou o azul -- rápido -- o vermelho ou o azul o vermelho ou o azul -- droga, é agora -- o vermelho ou o azul? o vermelho...
claque.
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estava jantando. na mesa, uma lata de coca-cola com gelo, um pedaço de frango e alguma salada de folhas. verdes. os amigos e o murmurinho em valsa no entorno. silêncio. de repente, a pressão empurra ouvido abaixo. o negro devorando. e _____. ela percebe. a garçonete a leva para fora do bar. uma cadeira e um punhado de sal. na travessa. e _____. nada. chama aquele amigo. avisa que não estou bem e preciso ir embora de imediato. [ele nem suspeita que cortaram o vermelho.] despedem-se. ela está no táxi.
abre a porta de casa e desaba na cama. e _____. nada. o negro subindo na contramão. e ela nervosa. pensa em chamar alguém para socorrê-la. não consegue. e ela. nervosa. primeiro, as mãos não respondem; depois, a voz desvia do pensamento. desespero. e ela. _____. acha que está morrendo. (cortaram o vermelho, meu deus, o vermelho!) tenta discar e chamar ajuda. não consegue -- não há fios. o celular. ou a fenda [sináptica]. e _____. ela _____. nervos a. aperta o primeiro botão. ele atende. ela balbucia, resmunga, chora. ele entende. vai ao encontro. tenta parecer calmo. [não está.] chegam à emergência.
ela grita: cortaram o vermelho, me ajudem! cortaram o vermelho! por favor, o vermelho, o vermelho! ninguém entende. grunhidos vociferam na sala. tenta se levantar. quer ir embora. ninguém entende. cambaleia. cai na poltrona e arranca mais fios. ninguém entende. nem aquele, nem esse. o clima é de suspeita. teste. ninguém entende. regurgita. desequilibra. deitam-na. a maca é estreita. [só cabem ela e a dor.] mais fios. segura na minha mão. está frio. inspira. expira. inspira. expira. ins...

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ela pergunta:
e a explosão? consertaram o vermelho?
alguém responde.
finalmente, compreenderam-na. [mas está coxa e surda de um ouvido.]

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009




Contudo

(...)

Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me agüente comigo e com os comigos de mim.

A.C.




quinta-feira, 22 de janeiro de 2009





Credo. vai dormir que tu ganha mais. tomara que eu me engane mesmo. quem precisa de retardado?

maria t., minha supermãe (e seu inconfundível pragmatismo).
mensagem de texto recebida no celular às 00h49 de hoje.





quinta-feira, 8 de janeiro de 2009




um americano, um brasileiro e um alemão

... e quando a vida afetiva pode ser resumida numa piada de mau gosto?
... e quando a sexual consegue ser ainda mais pitoresca que o currículo lattes?



(considerando seriamente o estilo de vida monástico.)