quinta-feira, 30 de outubro de 2008





a sensação é de estar descolada.
o sentimento é ausente.


(mas é só mais um dia que ______ passa.)





sexta-feira, 24 de outubro de 2008

tum tum

sei que estou encrencada quando passo a madrugada na cia do walt whitman e assemelhados.
e lá vamos nós outra vez... "falhar novamente. falhar melhor"______ tentar ao menos.




We Become New
(marge piercy)

(...)

You are not my old friend.
how did I used to sit
and look at you? Now
though I seem to be standing still
I am flying flying flying
in the trees of your eyes.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008




vislumbrar a possibilidade de ter passado um ano completamente equivocada a teu respeito causa-me dor.




sábado, 11 de outubro de 2008





nostalgia de uma nerd que saiu do armário

sou um verme acadêmico filosófico-científico dos mais fervorosos -- sempre fui. esses dias, o meu amigo de colégio debochava de uma das minhas frases à época: "calem a boca que eu quero aprender!". não era pela nota. não era pela vaidade. era pela sensação de conhecer e apre(e)nder o novo que me fascina desde guriazinha. tem gente que nasce com o olho claro, a pele boa. eu nasci com um ponto de interrogação que vai muito além dos meus 165cm.

então é compreensível que, para mim, não tenha nada melhor que, numa sexta-feira, passar a noite em casa bebendo chá de hortelã, ouvindo música e lendo. e, claro, morar sozinha e ter amigos (maravilhosos) que entendam e respeitem essa atitude facilita a vida. lucky me!

tava revisando uns textos do simmel (a metrópole e a vida mental; formalismo sociológico e a teoria do conflito; o estrangeiro) e do park (a cidade: sugestões para a investigação do comportamento no meio urbano) quando, por snow-ball, acabei no texto do turner (o processo ritual -- estrutura e antiestrutura) e encontrei um "SOCORRO!!!" grafado à mão com letra de imprensa gigantesca nas costas da fotocópia.

bem, tô aqui rindo há um tempo e imaginando a cena. sim, porque poderia ter sido, contudo não fui eu quem escreveu o pedido de ajuda. estas são as cópias do mestrado em antropologia social da urguis que herdei da beth, minha antiga chefe. ela é médica psiquiatra/psicanalista e doutora em antropologia e não tinha o MENOR SACO para algumas lenga-lengas culturais e/ou sociólogicas reproduzidas ad infinitum lá no ppg do departamento.

ah! que saudades de me relacionar com gente cabeçuda e bem humorada!

a minha geração é uma merda.
se inteligentes, pedantes.
se divertidos, cabeças-ocas.

tá difícil, tá difícil...



quarta-feira, 8 de outubro de 2008




"(...) o homem livre é aquele que se conhece, mas que se conhece numa nova direção"

(mimeo.)






caro homem muro:

sem essa de aleatoriedades. racionalmente, elas existem, sim (e as tuas, sobretodas, são as mais legais). mas, não -- elas não existem! as aleatoriedades, quaisquer, NUNCA são completamente aleatórias. e isso não é nenhuma novidade desde o século passado. sendo assim, quando é que tu vais tirar um tempo para se pensar e encarar isso, hein? de que adianta tanta resistência? que merda de vida é essa?

afetuosamente,
mulher cerca_____viva.